Culturas Biotecnológicas e a Gestão da Resistência a Insetos no Brasil
Brasil, o segundo maior produtor de culturas biotecnológicas depois dos Estados Unidos, conseguiu potenciar a produtividade agrícola de culturas como o milho, o algodão e a soja utilizando sementes resistentes a insetos e produtos para proteção das culturas. No entanto, o mau uso destas tecnologias pode facilmente tornar-se um problema gerando insetos com genes resistentes, enfraquecendo assim a eficácia das culturas transgénicas.
Ao usar sementes resistentes a insetos sem tomar outras medidas para a gestão integrada de pragas, tais como tendo áreas de refúgio, os insetos com genes resistentes são mais propensos a passar o gene para gerações subsequentes. Assim, ao continuar a utilizar a mesma tecnologia sem diversificação, a população resistente continuará a crescer, afetando a eficácia das tecnologias de cultivo.
O Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), tendo identificado este problema, desenvolveu várias iniciativas educacionais para treinar aos agricultores das culturas transgênicas. O programa, chamado Boas Práticas em Culturas Biotecnológicas, visa educar os agricultores no Brasil sobre o seu importante papel na diversificação das biotecnologias para evitar a resistência das pragas.
Algumas das boas práticas descritas no programa são:
- A dessecação precoce da cultura.
- O uso de sementes certificadas.
- O tratamento de sementes.
- A adopção de áreas de refúgio.
- Controle de ervas daninhas e plantas invasoras.
- Monitoramento de pragas.
Para mais informações sobre o programa de Boas Práticas em culturas biotecnológicas visite: https://boaspraticasagronomicas.com.br/
Para mais informações sobre a adopção de áreas de refúgio, visite: https://www.agricultura.gov.br/refugio/#/home